Alimentação infantil no Brasil é rica em ultraprocessados

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Menino está sentado no sofá e comendo hamburguer com batata frita, que é péssimo para alimentação infantil.
A alimentação infantil precisa ser prioridade e oferecer ultraprocessados prejudica o desenvolvimento das crianças.

Informe Publicitário

Aqui no Brasil, a maioria das crianças come mal, e o problema da alimentação infantil está no excesso de ultraprocessados.

Logo cedo, os pais alimentam os filhos com esses produtos que fazem mal à saúde.

Isso não apenas prejudica o desenvolvimento deles, mas também cria péssimos hábitos alimentares.

Portanto, descubra qual é a realidade no que diz respeito à alimentação infantil no Brasil.

Problema da infância pode continuar pelo resto da vida

A alimentação infantil no grupo de crianças com idade entre 2 e 5 anos possui grande quantidade de ultraprocessados. Pesquisa revela que 90% delas consomem esse tipo de produto com frequência. Além disso, 27,4% não comem frutas e hortaliças. Esses dados são ainda mais preocupantes quando se considera que essa é uma fase importante no desenvolvimento infantil.

As informações acima têm como fonte o mais recente Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani), realizado em 2019. Em 2024 já está sendo realizada uma nova versão dessa pesquisa. Alimentos ultraprocessados possuem vários ingredientes prejudiciais à saúde, por exemplo, açúcares, corantes, gorduras saturadas e vários aditivos. Veja as principais doenças que eles causam no longo prazo:

  • Diabetes
  • Obesidade
  • Hipertensão
  • Doenças cardiovasculares.

Essas enfermidades podem surgir já no período da infância. Portanto, quanto mais longe os alimentos ultraprocessados ficarem da sua casa, melhor será a saúde de toda a família. Esse tipo de comida geralmente é àquela que você compra pronta ou só precisa esquentar no forno. No entanto, a lista é enorme. Refrigerante, salgadinho, fast food e bolacha recheada são exemplos do que a garotada adora.

Outro dado da pesquisa informa que 80% das crianças entre 6 meses e 2 anos de idade também comem ultraprocessados. Inclusive, 22,2% delas não consomem frutas e hortaliças regularmente.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem um novo guia para direcionar os pais na hora de elaborar o cardápio das crianças dessa faixa etária. A publicação recomenda que elas devem consumir diariamente tanto os alimentos de origem animal (carne, ovos, leite), quanto as frutas, as verduras e os legumes.

Nozes, sementes e leguminosas também precisam estar na dieta, não necessariamente todos os dias. Por outro lado, os pais precisam retirar os ultraprocessados da lista de compras, pois eles têm efeito negativo no desenvolvimento da criança.

Estilo vida colabora para a precarização da alimentação

Não é à toa que a qualidade da alimentação das crianças vem caindo ao longo dos anos. Os pais estão longe de serem os únicos responsáveis por causar impacto negativo na saúde dos próprios filhos, mas também não dá para isentá-los totalmente. É papel deles não apenas obter informações sobre o perigo dos ultraprocessados e, a partir daí, retirá-los ao máximo da dieta.

No entanto, é igualmente verdade que os pais (e avós) nadam diariamente contra a corrente. Ela é formada por três elementos que, combinados, aumentam de forma ilimitada o consumo de ultraprocessados em todas as faixas etárias. Veja abaixo quais são itens que dificultam a criação de um cardápio mais saudável.

  • Indústria de alimentos
  • Campanhas de marketing agressivas
  • Falta de tempo para cuidar da alimentação.

Veja como cada um desses itens influencia diretamente na sua alimentação.

A indústria lança frequentemente produtos ultraprocessados, com a justificativa de que eles são mais práticos de preparar e assim facilitam o cotidiano. A oferta desse tipo de comida é cada vez maior nos supermercados.

Além disso, existe bastante publicidade incentivando as pessoas a comprarem esses produtos. Ela está em todas as mídias, por exemplo na TV e na internet, principalmente nas redes sociais.

Por fim, as famílias têm cada vez menos tempo para dedicar a alimentação no lar. Isso porque já é comum as pessoas chegarem tarde em casa para preparar refeições saudáveis. É muito mais rápido pôr uma lasanha no micro-ondas.

Realmente, hoje em dia não é tão fácil manter uma dieta como a de antigamente, semelhante àquela do tempo em que as mulheres não trabalhavam fora. Porém, essa tarefa não é impossível de alcançar.

Com muito planejamento e boa vontade, dá para garantir refeições mais saudáveis. Mesmo que o resultado não seja o ideal, qualquer melhora vale a pena. Veja o que fazer.

Dicas práticas para a alimentação infantil mais saudável

O primeiro passo para melhorar o cardápio de toda a família é se organizar tanto para fazer as compras quanto para cozinhar. Isso ajudará a garantir um desenvolvimento mais saudável.

Portanto, tudo começa pela lista de supermercado. Dedique um tempo extra para pesquisar quais são os alimentos mais nutritivos e exclua os ultraprocessados dessa relação. Veja abaixo o passo a passo para a família inteira comer melhor.

  • Faça um planejamento de curto prazo – Compre o que é necessário para uma semana, pois é mais fácil fazer as mudanças aos poucos. Coloque na lista todos os grupos alimentares: proteína, carboidrato, frutas, verduras e legumes.
  • Prepare as refeições com antecedência – Cozinhe os alimentos em grande quantidade, os separe em porções pequenas para congelar e vá pegando cada pote durante semana. Você servirá as refeições de forma muito mais rápida no dia a dia.
  • Faça um estoque estratégico – Tenha sempre em casa alimentos naturais e curingas, ou seja, que podem ser facilmente servidos e combinados com outros ingredientes. Por exemplo, arroz, feijão, macarrão, carne, ovo, grãos e laticínios.
  • Convide as crianças para participar do processo – Quando elas atuam como ajudantes, se sentem valorizadas, entendem o valor da alimentação saudável e o ato de cozinhar ficar mais divertido. Elas vão querer comer o que ajudaram a preparar.

A alimentação infantil é muito importante e sua qualidade deve ser prioridade. Inclua essa rotina no seu cotidiano e já comece a fazer algo diferente. Com o tempo, você verá o quanto pode ser não apenas automático, mas também prazeroso preparar refeições saudáveis.

E você, costuma comer muitos alimentos ultraprocessados? Topa começar a tirar esse mau hábito da sua vida?