Banco Central reduz mais uma vez a taxa básica de juros

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Calculadora sendo usada por um homem. Ao lado dela, há várias moedas espalhadas pela mesa. A ideia é mostrar que o momento atual é de fazer as contas para aproveitar as oportunidades de negócios a partir da nova taxa de juros.
A política de juros baixos ditada pelo governo pode ajudar a reduzir dívidas e a conseguir financiamento mais em conta.

Texto publicado dia 12 de dezembro de 2019 e atualizado em 6 de agosto de 2020.

O Banco Central cortou a taxa de juros pela nova vez seguida e agora ela chegou a 2% ao ano.

O corte foi de 0,25% e teve o objetivo de estimular ainda mais a retomada da economia.

Como a inflação ainda está baixa no Brasil, pois o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) fechou em 2,13% acumulados em 12 meses até junho, houve o entendimento de que a nova redução seria positiva para a economia.

A previsão é de que a inflação encerre 2020 em 1,53%.

Saiba o que significa essa política monetária, os impactos da Selic baixa e as chances que você tem para melhorar a própria situação financeira.

Quem ainda continua recebendo alguma renda, pode aproveitar a oportunidade para negociar.

Tal panorama traz oportunidades de negócios e ao mesmo tempo exige atenção.

Veja como aproveitar a atual fase de juros muito baixos

O governo reduziu a taxa de juros a um nível nunca visto antes e mantê-la baixa mexe com seu dia a dia. O lado positivo da decisão está na chance de trocar dívidas caras por outras baratas e também conseguir financiamentos mais acessíveis. Já o ponto negativo é visto na queda do lucro em certos investimentos.

Ao manter a taxa básica de juros nesse patamar, o governo dá a chance de você pagar aquelas dívidas, por exemplo, do cheque especial e do cartão de crédito.

Essas são as mais caras do mercado. De acordo com o economista Samy Dana, por causa das gigantes taxas de juros nessas modalidades, tal dívida é suicídio financeiro.

O melhor é quitá-las o mais rápido possível.

Uma das formas de fazer isso, portanto, é procurar empréstimo pessoal ou crédito consignado com juros bem menores que os cobrados de limite.

A conversa nem precisa ser só com o seu banco. Ache a melhor saída, pois o interesse em pagar menos juros é apenas seu.

Aliás, fique esperto.

É cilada na certa criar essa conta para pagar todo mês e continuar pendurado no cheque especial e no cartão. Se bobear, vai ficar ainda mais enforcado. A ideia é reduzir o sufoco, não aumentá-lo.

Se a dívida for com empréstimo, a alternativa pode ser a portabilidade, ou seja, levar sua conta para um banco com propostas mais atraentes de negociação.

Vale à pena não apenas procurar a concorrência, mas também barganhar nas condições oferecidas.

A pandemia trouxe muitos problemas para os empresários e o Sebrae orienta como agir nesse momento.

Outro benefício dos juros baixos está, claramente, na oportunidade de comprar equipamentos em condições vantajosas.

Essa pode ser a hora certa que você tanto espera para levar a empresa a dar um salto de produtividade.

Ainda assim, é preciso cuidado porque o mercado parado traz insegurança em relação ao retorno do investimento.

Ele só virá se as vendas já estiverem indo bem. Apostar só numa futura procura por seus produtos pode ser perigoso.

O lado negativo dos juros baixos fica, então, por conta dos investimentos em renda fixa.

É o outro lado da moeda.

Quem faz aplicação financeira quer taxas mais altas para obter o maior lucro possível.

A situação atual leva os investidores a buscar opções com maior rentabilidade.

Talvez, a partir de agora, seja cada vez mais difícil contar com elevado retorno, sem correr risco.

Essa atual realidade se desdobra com inúmeras possibilidades de arrumar a vida e até de crescer se as atitudes forem bem pensadas.

Pesquise, analise cada proposta e tire proveito da menor taxa de juros de todos os tempos. Por mais que a situação pareça difícil, você pode encontrar uma forma de melhorá-la.

Veja a Selic e abra o olho para a taxa cobrada pelo banco

Mulher está sentada no sofá de casa, com seu laptop numa mesa de vidro que está na sua frente. Com a mão esquerda na testa, ela segura alguns papeis com a mão direita e faz cara de espanto ao olhar para a tela do computador. Ela deve estar olhando o extrato do banco e está assustada com a possível dívida que tem no cheque especial ou cartão de crédito.
O Banco Central reduziu a taxa de juros cobrada no cartão de crédito, mesmo assim é relevante controlar das finanças.

Um cenário com juros baixos (3% ao ano) e inflação nanica (2,4% ao ano) agita o mercado. Até parece o mundo perfeito para abrir o caixa e aproveitar as chances de compra.

Entretanto, o panorama atual começa a despertar o interesse para vários tipos de financiamentos. Entre eles, os de produtos eletroeletrônicos, veículos, imóveis, empréstimos.

Mesmo com sinais positivos, é preciso pesquisar bastante e fazer muita conta. Afinal, os juros cobrados pelos bancos não caem na mesma velocidade que os definidos pelo governo.

É importante informar que a Selic serve de referência, por isso, sempre terá a menor taxa em comparação a todos os índices do mercado.

Afinal, nenhuma instituição financeira adotará as mesmas porcentagens do Copom.

E elas vêm caindo desde outubro de 2016.

No dia 31 de maio de 2017, por exemplo, a taxa básica de juros do governo foi para 10,25% ao ano. A última com dois dígitos, dessa data até hoje, como mostra a tabela do Banco Central. Veja a coluna Meta Selic.

A situação é bem diferente nos bancos. Certamente, você mesmo sente isso no dia a dia.

Veja na tabela abaixo, quanto eles cobraram de juros por ano no cartão de crédito rotativo em curso normal e também no limite de cheque especial, ultimamente, no segmento de pessoa física.

 

Qualquer pessoa pode fazer uma pesquisa e em menos de 2 minutos vai descobrir quanto os bancos cobram de juros em diversos tipos de financiamento.

Basta clicar aqui, entrar no site do Banco Central e escolher os seguintes itens:

  • Segmento
  • Tipo de encargo
  • Modalidade
  • Data

Assim sendo, os bancos ainda cobram juros muito altos, mesmo com a taxa Selic se mantendo a níveis extremamente baixos.

Se o Banco Central  a reduziu para 3% ao ano, por que os bancos continuam cobrando taxas estratosféricas, mesmo durante a crise?

Os empresários precisam de juros ainda mais baixos, não de crédito para se endividarem numa situação de emergência.

Oferecer empréstimo pedindo garantias insanas não é ajuda verdadeira, mas uma forma de aproveitar a situação de desespero de quem não tem outra saída.

É como jogar um bote furado para o náufrago. Ele não morre naquele instante, mas isso é só questão de tempo. Até acredita que pode remar, mas vai afundar antes de chegar à praia.

No início do ano, o governo determinou que os bancos não podem cobrar juros superiores a 8% ao mês no limite do cheque especial, o que significa em torno de 150% ao ano.

Tal regra passou a valer a partir de 6 de janeiro de 2020 para contas novas. Os contratos antigos começarão a vigorar com essa norma no dia 1º de junho do mesmo ano.

Os bancos estão autorizados a criar uma tarifa por disponibilizar limite ao cliente, mas a cobrança pode ser feita apenas para valores acima de R$ 500 de crédito.

Quantias superiores a essa serão tarifadas em até 0,25% ao mês, sobre o montante que superar R$ 500, mesmo que o limite não seja usado.

Por que o governo não reduz drasticamente os juros bancários até, no mínimo, o final de 2020? Tal iniciativa faria diferença na vida do microempresário.

Enfim, já deu para notar que não adianta se entusiasmar só por causa da queda da taxa básica de juros. Ainda é preciso analisar outros pontos da dinâmica política e econômica do país.

Mesmo assim, fique esperto.

Em princípio, a Selic baixa pode ser um sinal de que é possível fazer bons negócios com quem realmente reduz suas porcentagens de ganho.

Entenda como a taxa básica de juros controla sua grana

Você nem precisa ver a opinião dos especialistas para saber que a situação do Brasil é grave e vai demorar muito para aquecer a economia.

Sua retomada é lenta porque há muito a ser feito.

Mesmo assim, o governo usa as ferramentas que tem em mãos para ajustar os pontos necessários à recuperação do País.

É importante você saber como isso ocorre, ao menos em condições normais.

Um dos instrumentos é a Selic, que se trata da taxa básica de juros da economia brasileira. Ela é utilizada, principalmente, com o objetivo controlar a inflação. Também interfere no preço do dólar, mas esse não é o foco desse texto.

Vamos devagar. Com atenção, é fácil entender essa ciranda financeira.

Quando existe muito emprego no país, a população tem dinheiro no bolso e faz compras com maior frequência. É assim que a economia ganha vigor.

Antes de mais nada, a alta procura por produtos e serviços leva ao aumento dos preços. Essa é uma regra básica da economia. Afinal, quanto maior for a demanda por algo, maior será o seu valor de venda.

Quando todos os preços começam a subir muito rápido, então, é preciso tomar alguma providência visando domar a inflação.

Aí, o governo eleva a taxa básica de juros para deixar mais alto o custo dos empréstimos e dos financiamentos.

Na prática, acontece o seguinte:

  • Fica mais difícil (caro) pedir dinheiro para o banco
  • Crescem os juros do cheque especial e do cartão de crédito
  • Aumenta o valor final, por exemplo, do fogão, do carro e do imóvel comprados a prazo.

As pessoas tendem a gastar menos quando as condições de pagamento são ruins, pois fica mais arriscado adquirir aquilo que tanto desejam.

A procura por bens e serviços começa a cair e aos poucos a economia vai esfriando até os preços voltarem ao normal por causa do baixo consumo.

E, assim, a inflação fica controlada.

Hoje em dia, sem dúvida, a alta desenfreada de preços faz parte do passado.

De acordo com o IPCA, no fim de novembro de 2019, a inflação acumulada no período de 12 meses ficou em 3,27% ao ano. Abaixo da meta de 4,25% estipulada pelo próprio governo.

Agora, em maio de 2020, a inflação acumulada no período de um ano está em 2,4%.

Quem se lembra de como ela era antes do Plano Real?

O IPCA de 1993 registrou alta de 2.477% ao ano.

Não foram os juros baixos que acabaram com a hiperinflação daquela época. Mas vale à pena recordar o quanto a situação era diferente.

Essa série de comerciais mostra algumas promoções feitas naquele ano.

Agora, a economia está parada e a Selic é reduzida com o objetivo de derrubar o custo dos empréstimos e financiamentos.

Essa explicação já foi detalhada no começo do texto.

Quando isso acontece, as pessoas têm maior acesso ao crédito, gastam mais e giram a economia.

É o que está sendo feito nesse momento para estimular novos negócios em todo Brasil.

E você, o que pretende fazer para aproveitar a situação? Deixe seu recado.